sábado, 27 de março de 2010

O que aconteceu com as festas da UFRN?


Acabei de chegar da calourada geral da UFRN. Fazia tempo que não ia a uma festa por lá. Afinal já vão fazer cinco anos que me formei. Eu sabia que ia encontrar uma garotada e já haviam me falado dos tais paredões de som. Mas o que eu vi me assutou.

Cadê os bicho-grilos e os ripongas que antes ocupavam aquelas paragens? Onde estão as rodas com o pessoal passando o baseado entre todo mundo? Eu nunca fumei mas achava o máximo ver toda aquela interação e sempre simpatizei com o cheiro agradável que deixava no ar.

Dessa vez o rock and roll e o reggae que embalou meus tempos de faculdade deu lugar a um mal tocado forró e um desafinado pagode. Nada contra as bandas que se formam na Universidade, mas a qualidade pode melhorar e muito. Quanto aos frequantadores, mudaram muito. Muitas patricinhas e mauricinhos, misturados a uma galera até mais alternativa que se divertiu ao som dos ritmos inusitados.

Quando eu ainda estudava por lá, queria que houvesse a opção de outros ritmos para a gente danças (sempre adorei dançar), mas as características daquelas festas das faculdade eram únicas e sensacionais. Acho que todos tinham receio que se misturasse demais não ficasse mais tão bom.

Agora por último preciso falar dos tais paredões. São dezenas, isso mesmo, dezenas de carros com as malas abertas e com sua máxima potência tocando som de péssima qualidade. Todo mundo embriagado e dançando, sem nem saber o que se passava no palco. Na verdade, sem nem conseguir ouvir o que o carro do lado estava tocando, afinal, se constrói uma competição velada naqueles locais.

Lembro, que ainda na "minha época" se falava em acabar com as festas na praça do campus, porque o som do palco incomodava os moradores dos prédios mais altos do Alto da Candelária. Me pergunto se agora isso não incomoda. E quanto tempo vai demorar para que alguém tome uma providência.

Não é o tipo de música que diz se o seu grau de consciência ou inteligência, mas tenho medo de pensar que o futuro irá sair daquela juventude universitária que não tem o menor interesse pelo meio ambiente.

Ah, e só pra comlpetar. Entre uma banda e outra o DCE se esforçou pra chamar a atenção dos estudantes para um vídeo sobre a opressão aos movimentos sociais, talvez aquele não fosse o local nem a hora, mas foi impressionante como foram completamente ignorados. Será que ainda existe algum tipo de movimento estudantil naquele lugar?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Nem tão complicado assim


Dia desses, numa crise qualquer da vida, fui ao cinema e assisti It’s Complicated, ou Simplesmente Complicado, na versão em português. Confesso que quando comprei ingresso do cinema achava que iria ver uma comédia rasgada pois não é todo dia vemos a diva Meryl Streep contracenando com Steve Martin e Alec Baldwin (muito melhor com a forma física atual), mas não foi assim.

O que seria classificado pela maioria como uma comédia romântica, eu diria que era uma drama engraçado. Como quase tudo que a gente vive na vida. A vida de Jane (Meryl) demora 10 anos para começar a entrar nos eixos até que o ex-marido Jake (Alec) aparece e a pequena relação que ela começava a desenvolver com o arquiteto Adam (Steve) entra em colapso.

O roteiro é bem escrito e não dá tempo de acharmos que o filme está longo demais. Tirando o final extremamente previsível. O filme superou as minhas expectativas e valeu o ingresso (cada vez mais caro) do cinema.

Duas coisas são destaque no filme para mim. A atuação do jovem John Krasinski , que no papel de Harley, o genro que é o único a saber do envolvimento extra-conjugal dos sogros, consegue arrancar gargalhadas da platéia sem ser canastrão. E claro a cena em que Meryl e Steve, ou melhor, Jane e Adam, ficam chapados com um cigarro de maconha dado pelo próprio Jake e que tornam nosso olhar sobre os “coroas” menos estigmatizado.

PS.: Acabei de lembrar da hilária cena em que, depois de fazer sexo com a ex-mulher pela primeira vez em 10 anos, Jake enche a mão na vagina de Jane e brada: Lar doce lar!!!!! Muito bom.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vida nova


Às vezes a vida da gente sofre uma reviravoltas importantes pro nosso crescimento. Pra fazer a gente enxergar certos defeitos e coisas que nos prejudicam. É o meu caso. Acabei de perder o que mais amo no mundo. Dessas coisas que a gente perde pra sempre. E só depois de perder isto percebi que era a única coisa que me faltava perder.


Escrava da bebida há pelo menos 10 anos, moldei toda a minha vida em torno dela. Toda a minha diversão dependia dele e assim fui perdendo meus amigos que não se adaptavam a isso. Mas pra que pensar nisso? Eu ainda tinha os "amigos de copo". Mas nas vezes em que eu realmente precisava desabafar, era só na base da bebida que eu conseguia.


Perdi a noção dos meus atos. Agredi e maltratei quem eu amava. E não percebia. Não bebo todos os dias. Como poderia eu ser alcoolatra? Todos os meus amigos bebem, pq o problema seria comigo? Enfim, todas essas baboseiras de sempre. Mas hoje eu sei, perdi tudo.


Sou jovem e ainda posso dar a volta por cima e é isso que eu espero fazer. Até porque não dá para mudar o passado, mas o futuro eu garanto que vá ser diferente. Lamento ter perdido algo tão importante para a "ficha cair". Mas lamento ainda mais tê-lo feito sofrer.


Um dia quem sabe eu não consiga dizer que há males que vem para o bem. Hoje digo que o sofrimento abriu meus olhos. A luta vai ser árdua. Mas garanto que a vida agora terá objetivos. E esse blog é um deles. Novas letras e cenas estarão por aqui muto em breve. Talvez na próxima noite. Pois o que me move hoje é me aceitar e ser feliz comigo mesma.