segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A histórica influência do jornalismo na vida política brasileira

Rachel Duarte




“Vou derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partidos políticos”. Talvez este tenha sido o ápice do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último final de semana, durante comício em Campinas (SP). Não precisava nem ser ano de eleição para a declaração repercutir como uma bomba ao longo desta semana. A posição da Associação Nacional de Jornais (ANJ) foi dada pela sua presidente. Judith Britto afirmou que, por falta de uma oposição ao governo de Lula, a imprensa ocuparia este papel.

Hoje, diferentes grupos estão nas ruas da capital paulista fomentando o debate sobre liberdade de imprensa. Porém, os confrontos entre imprensa e governantes e até mesmo entre imprensa e candidatos à presidência da República não é novidade no Brasil Republicano. Em 1954, quando foi anunciado o suicídio do presidente Getúlio Vargas, defensores do seu governo invadiram e depredaram as redações dos Diários e Emissoras Associados (DEA), que criticavam duramente as ações do presidente trabalhista. Segundo o historiador gaúcho Voltaire Schilling, a campanha O Petróleo é Nosso pautou a imprensa, liderada pelo influente Francisco de Assis Chateaubriand, dono dos DEA. Ele alegava que a Petrobras seria uma concessão aos comunistas. “Este foi o caso mais famoso e que levou a um desenlace dramático: o suicídio de Getúlio. O argumento da imprensa era o de que estava sendo criada uma estatal contra o país. A iniciante TV Tupi impulsionou esta crise”, disse.

Em defesa de Getúlio surgiu o jornal Última Hora, do jornalista Samuel Wainer. A ideia inicial do jornal foi de Vargas, que conheceu Wainer quando o jornalista o entrevistou em 1949. Vargas estava “exilado” na sua fazenda em São Borja desde que fora deposto, mas já planejava o retorno. Em 50, voltou ao poder, eleito democraticamente. A UH defendeu o governo durante todo o seu mandato (1951-54). Por conta disso, enfrentou uma série de campanhas que ameaçavam a sua própria existência.

Durante o governo de João Goulart, a Última Hora permaneceu fiel à sua tradição trabalhista, apoiando o presidente até as vésperas do movimento militar que o depôs, em 1º de abril de 1964. Depois do golpe, a Última Hora foi apedrejada e Samuel Wainer teve seus direitos políticos cassados. Mas o jornal prosseguiu na sua trajetória popular e nacionalista até 1971, quando foi vendido por Wainer. A antiga redação foi desmantelada e o jornal passou por vários proprietários até 91, quando encerrou definitivamente suas atividades.

Segundo o historiador Schilling, no caso de Jango, “a grande mídia também se revoltava contra os propósitos de transformar o Brasil em uma democracia de massas”. Ele conta que foi feito um trabalho de corrosão pelo rádio. “Eram programas humorísticos, onde claramente era posto que o governo era corrupto”, conta. A diferença do que era feito no começo do Brasil República para a era Lula, segundo o professor, é que hoje a imprensa não pede o golpe de estado. “Por mais que a mídia faça manifestações contra o Lula, como sempre fez com os governantes com projetos que defendam os interesses das classes mais populares, eles não pedem o golpe”, argumentou. Ele salienta ainda que os interesses dos veículos de comunicação mais influentes do país nunca foram os mesmos dos modelos de gestão de partidos socialdemocratas. “Os grandes patrocinadores destes veículos não têm a preocupação social e é a estes que eles servem. O interesse patronal predomina na pauta destes veículos”, afirma.

O jornalista e doutor em Comunicação, editor da Revista da ADUSP (Associação dos Docentes da USP), Pedro Pomar, explica que o surgimento dos jornais no Brasil teve forte motivação política e, no período republicano, essa vocação se mantém mesmo após o processo de transformações dos grandes jornais, que deixaram de ser empreendimentos familiares para serem modernas empresas capitalistas. “Iniciou com o Jornal do Brasil, depois alcança A Província de S. Paulo (que se tornará O Estado de S. Paulo), o Correio Paulistano e diversos outros. O Correio Paulistano, sólido jornal diário que foi um dos maiores da capital paulista por várias décadas, é uma boa expressão da imprensa da segunda metade do século 19 e primeira metade do século 20, pois era o jornal oficial do Partido Republicano Paulista (PRP), a mais fina representação dos grandes cafeicultores”.

Como exemplo da notória influência dos grandes jornais e emissoras de rádio e, depois, das emissoras e redes de TV, nas crises políticas nacionais, o jornalista voltou ao exemplo de 64, também referido pelo historiador Voltaire Schilling. “Um exemplo sempre lembrado é a participação dos grandes jornais no cerco golpista da UDN (e de outras forças reacionários) a Vargas, participação essa que depois recebeu o devido troco da população revoltada". E, também citou um caso mais recente: a eleição de Fernando Collor de Mello. “Houve uma adesão de importantes setores da mídia, TV Globo à frente, à candidatura de Collor de Mello, em 1989. Esse engajamento midiático foi decisivo para a derrota de Lula”, recordou.

Quanto aos interesses que levam a este comportamento de parte da mídia, ele generaliza: “Existe um interesse pecuniário direto, uma relação de troca. Por exemplo, o governo de São Paulo acaba de adquirir, sem licitação, 34 milhões de reais em publicações da Editora Abril. É um negócio interessante para a Abril. Por outro lado, existem os interesses de classe desse setor do empresariado, que sempre se alinhou às forças políticas mais conservadoras do país. Assim, quando a Folha de S. Paulo fala em “ditabranda” para definir a Ditadura Militar de 1964, isso remete imediatamente ao apoio que essa empresa deu àquele regime”, falou.

O jornalista vai mais além e questiona: “Quando a TV Globo abre campanha contra os quilombolas e se recusa a publicar matéria paga favorável às cotas étnicas na universidade, isso reflete ou não uma posição de classe, ideológica e também política?”

Regulamentação e entrelinhas

Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, a alternativa para evitar o que considera “uma relação ambígua dos grandes meios de comunicação com o centro do poder no país” seria efetivar o que já foi pactuado com os empresários destes veículos e o restante da categoria na 1ª Conferência Nacional de Comunicação. “O melhor modelo seria o norte-americano, que combate, entre outras coisas, os cartéis das concessões para as empresas jornalísticas”, defendeu.

Schröder afirma que, mundialmente, há veículos que ultrapassam o seu papel de comunicadores e fiscalizadores dos poderes, mas, reconhece alguns excessos ocorridos no Brasil. “Existem dois grupos de jornais impressos que têm candidato e isto não é assumido”, mas é nítido. O presidente da Fenaj alega que existem duas razões por trás deste comportamento da imprensa do eixo do país: brecar a regulamentação do sistema de comunicação do Brasil e influenciar no resultado da eleição presidencial. “A interferência no processo eleitoral cria um ambiente negativo, influenciando no resultado das pesquisas”, justifica.

Neste mesmo sentido, o fundador do Movimento dos Sem Mídia (MSM), Eduardo Guimarães, que colaborou na organização do ato desta quinta-feira em SP, afirmou ao Sul21, nesta quarta-feira, 22, que há uma posição velada adotada por parte da imprensa neste pleito. “Há uma clara tentativa de influir no processo eleitoral e, na legislação do Brasil, veículos que têm concessão pública, como emissoras de rádio e televisão, não podem, por lei, manifestar apoio a qualquer candidato. Há veículos que têm concessão pública e que estão fazendo campanha para José Serra. E, mesmo os veículos impressos têm que agir com responsabilidade durante as eleições. Vamos pedir oficialmente, no ato público, respeito à população. Pediremos um processo eleitoral limpo”, antecipou.

Na avaliação do doutor em Comunicação, Pedro Pomar, a ANJ é um órgão do patronato e representa os interesses desse setor do capital e a pretensão de falar em nome da oposição conservadora, e até de assumir a liderança nos ataques ao governo Lula, revela uma dicotomia. “Por um lado, é a eterna pretensão de um setor da imprensa brasileira de agir como partido político e por outro lado, um certo desespero diante da constatação de que seus aliados tradicionais, os partidos conservadores, em especial o PSDB, não conseguem se firmar como uma alternativa política consistente diante da sociedade brasileira”, afirmou.

Os donos da comunicação no Brasil

Na manhã desta quinta-feira, 23, o presidente Lula concedeu entrevista sobre este tema ao site Terra. Ele criticou o comportamento da imprensa que “ao disseminar bobagens vai despolitizando a sociedade”. Entre outras coisas declarou: “Agora, estão dizendo que a TV pública é a TV do Lula. Nunca disseram que a TV pública de São Paulo é do governador de São Paulo e as outras são dos outros governadores”.

Para Lula, críticas à falta de liberdade na área de comunicação, mais do que injustas, não têm sentido. Ele diz duvidar que outros países tenham mais liberdade de informação do que o Brasil. “A verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse País. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais”, disparou.

Segundo o presidente da FENAJ, Celso Schröder, o discurso do presidente, bem como as críticas da imprensa são legítimos no processo democrático, porém, questiona a decisão de determinados veículos em ser a oposição do governo Lula. “Não dá para a imprensa ser um partido. Mas, há de se preservar a neutralidade da objetividade jornalística que a imprensa deve exercer. Mas, nós temos dados assustadores de senadores e deputados federais ou mesmos presidentes, que são proprietários de veículos de comunicação”, confirmou.

Sobre a regulamentação do sistema de comunicação do país, o editor da Revista da ADUSP Pedro Pomar salienta que é fundamental o debate na sociedade. “No que diz respeito às mídias eletrônicas de massa, o simples cumprimento dos dispositivos da Constituição Federal já seria um avanço em matéria de regulamentação”, afirma. Pomar recordou que, entre as prioridades aprovadas na I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em dezembro de 2009, “a regulamentação do artigo 221 da Constituição Federal e sua observância no que tange aos quesitos que as emissoras de rádio e TV devem preencher para obter outorgas e renovação de outorgas, ou seja: preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente; regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”.

(fonte: sítio Sul21 24/9)

domingo, 26 de setembro de 2010

SILVIA MACHETE - Toda Bêbada Canta




Já postei aqui que existem textos que parecem que foram escritos por nós mesmos, mas dessa vez achei uma música. Na verdade, quema chou foi Diana e disse que lembrou de mim (eu realmente não sei porquê). Mas sem brincadeira, adorei ter conhecido a cantora, fora essa, ela tem músicas sensacionais...

sábado, 25 de setembro de 2010

Transtorno bipolar precisa ser tratado também com terapias alternativas

Uma montanha-russa emocional, cujos trilhos levam tanto à depressão quanto à euforia. Para as vítimas do transtorno bipolar, a vida é um revezamento de sentimentos e sensações, muitas vezes extremamente debilitantes. Em alguns períodos, viver parece transcorrer em preto e branco — nada tem graça, a autoestima vai à lona, a tristeza toma conta e não se tem energia para encarar o dia a dia. Em outros, um entusiasmo incontrolável invade corpo e alma, deixando a existência excessivamente iluminada, colorida, esfuziante. A voz, as atitudes e os desejos tomam grandes proporções. Os limites são ignorados e a pessoa imagina poder tudo. A bipolaridade é confusa e mais frequente do que se imagina. A Associação Brasileira de Transtorno Bipolar estima que o número de brasileiros acometidos pela doença chegue a 15 milhões. Se não for cuidado, o mal traz grande sofrimento e incapacitação. Quando tratado com psicofármacos, as manifestações, especialmente as depressivas, não desaparecem por completo.

Atualmente, psiquiatras e psicólogos que são referência no assunto não vacilam ao assumir que a abordagem não farmacológica é fundamental para o enfrentamento da doença. O psiquiatra Sérgio Tamai, chefe do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Santa Casa de São Paulo, aponta que, mesmo utilizando todo o arsenal farmacêutico, 60% dos pacientes não apresentam remissão dos sintomas da bipolaridade e os 40% restantes esboçam recaídas periódicas.

De acordo com o médico, sem a intervenção não medicamentosa não se promove autoconhecimento e melhor entendimento da doença, ainda altamente estigmatizada. “Já temos estudos científicos que comprovam que a psicoterapia é determinante na adesão do paciente ao tratamento farmacológico, na redução dos sintomas residuais e até na prevenção de recorrências. A psicoeducação, a terapia cognitivo-comportamental e a terapia interpessoal e familiar são ferramentas adjuvantes, que maximizam as chances de o paciente retomar a vida”, diz.

O transtorno está relacionado a fatores bioquímicos, genéticos e ambientais. O primeiro surto geralmente é deflagrado por um fato marcante na vida da vítima. À medida que vão ocorrendo, as crises ficam mais intensas e passam a ser provocadas por acontecimentos corriqueiros. A medicação estabiliza o indivíduo organicamente, minimizando as variações de humor. A psicoterapia reduz as consequências emocionais dessas variações. “A psicoeducação, por exemplo, visa fornecer aos doentes e aos familiares informações sobre a natureza e o tratamento da bipolaridade. O paciente passa a ter habilidade no reconhecimento de situações que possam desencadear crises”, reforça a psicóloga Girlene Marques Pinheiro.

Contra o estigma
Estudos realizados recentemente na Europa apontam que essa terapia também tem papel importantíssimo para atenuar a ação negativa do estigma da bipolaridade. A psicóloga acrescenta que os bipolares têm problemas associados ao equívoco de entendimento da sociedade em relação às doenças mentais. “São pacientes com autoestima abalada, com medo extremo de recaídas, porque sabem os danos emocionais e pessoais dessas recorrências, além de dificuldades interpessoais. A psicoeducação, assim como a terapia cognitivo-comportamental, ensina a reconhecer as pedras no caminho que podem provocar as crises”, garante Girlene.

O arquiteto João Francisco*, 31 anos, teve a primeira crise depressiva quando mudou de cidade para cursar a faculdade de arquitetura. Longe de casa e diante de novos desafios, ele se sentiu acuado. A depressão não tardou, e veio tão intensa que o jovem não conseguia levantar da cama. A vida parou. Preocupado, João buscou tratamento e, quando conseguiu voltar às atividades sociais e profissionais, foi tomado pelas manifestações da euforia. “Mesmo tomando antidepressivos e antipsicóticos, uma energia incontrolável tomou conta de mim. Passei a confundir imaginação com realidade. Falava alto, achava tudo engraçado, imaginava ter poderes de super-heróis. As pessoas ao meu redor julgavam que eu estava ótimo, mas a situação estava fora de controle”, relata.

Dez anos depois desse episódio, João considera vital estar atento para evitar as crises. E a psicoterapia é uma aliada de peso nesse processo. “Com ela, me conheço melhor. Descobri ainda que apostar no lado criativo me faz muito bem. Pinto, desenho, arrisco projetos de cenografia. São atividades me dão prazer e também funcionam como terapia. Atualmente, trabalho, faço faculdade de artes plásticas, procuro viver um dia após o outro”, diz.

É o que também busca a servidora pública Janaína*, 58 anos. Ela considera que, mais importante que a psicoterapia, é encontrar um psiquiatra e um psicoterapeuta que falem a mesma língua, ou seja, que trabalhem juntos as necessidades do paciente. Janaína conheceu as agruras da depressão depois de sofrer uma perda sentimental. “Não conseguia ter paz. Mesmo cansada, era tomada por uma hiperatividade constante. Não dormia, buscava fazer mil atividades ao mesmo tempo. Era como se todos os meus órgãos estivessem alterados”, revela.

Segundo Janaína, é importante ter consciência de que as manifestações do transtorno são diferentes em cada paciente. “Não podemos ser mensageiros de psiquiatras e psicólogos. A doença é triste e o entrosamento desses dois profissionais nos possibilita ter condições de lidar com os desafios. O tratamento nos dá forças para caminhar com as próprias pernas. Em uma das mãos, sou amparada pelo médico. Na outra, pelo psicoterapeuta”, explica.

O psiquiatra Sérgio Tamai lembra que o transtorno bipolar é uma doença crônica, com uma carga considerável de comorbidades. As abordagens medicamentosa e psicoterápica não bastam. “Também é fundamental que os bipolares tenham um estilo de vida saudável. O envolvimento com álcool e drogas é comum e deteriora ainda mais a saúde mental e física”, alerta. A família e as associações de pacientes também são amparos necessários. “Pais e irmãos podem ajudar sem superproteger. Quem está próximo deve entender a doença, socorrer nos momentos difícieis, saber ler os sinais de crise”, acrescenta João.

Janaína explica que o contato entre pessoas que lidam com dificuldades semelhantes é uma forma de terapia também. “No DF, contamos com o Núcleo de Mútua Ajuda a Pessoas com Transtornos Afetivos (Apta), da Universidade de Brasília. Escutando colegas que passam por situações até piores, aprendemos a lidar com as nossas próprias inseguranças e dificuldades”, conclui.

Do Correiobraziliense.com.br

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

As diferentes maneiras de contar a mesma história

Essa eu recebi por e-mail, sem crédito. Mas miacabei de rir... Divido com vcs.

Se a história da Chapeuzinho Vermelho fosse verdadeira, como ela seria veiculada pela imprensa brasileira?

*Jornal Nacional*
(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem.'
(Fátima Bernardes): '.mas a atuação de um caçador evitou a tragédia.'

*Programa da Hebe**
".Que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina
linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?"

*Cidade Alerta*

".Onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva.
Um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!"

*Superpop*
"Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!"

*Globo Repórter*
"Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente?
O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta.
E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter.."

*Discovery Channel*
"Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver."

*Revista Veja*
"Lula sabia das intenções do Lobo."

*Revista Cláudia*
"Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho."

*Revista Nova*
"Dez maneiras de levar um lobo à loucura, na cama!"

*Revista Isto É*
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

*Revista Playboy*
(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho no mês seguinte): "Veja o que só o lobo viu."

*Revista Vip*
"As 100 mais sexies - Desvendamos a adolescente mais gostosa do Brasil!"

*Revista G Magazine*
(Ensaio com o lenhador) "O lenhador mostra o machado."

*Revista Caras*
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa."

*Revista Superinteressante*
"Lobo Mau: mito ou verdade?"

*Revista Tititi*
"Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio."

*Folha de São Paulo*
"Lobo que devorou menina era do MST"

*O Estado de São Paulo*
"Lobo que devorou menina seria filiado ao PT."

*O Globo*
"Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente."

*O Povo*
"Sangue e tragédia na casa da vovó."

*O Dia*
"Lenhador desempregado tem dia de herói."

*Extra*
"Promoção do mês: junte 20 selos, mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!"

*Meia hora*
"Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco!"

*Capricho*
Teste: "Seu par ideal é lobo ou lenhador?"

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O casamento

O título aí não é de texto meu. Na verdade esse texto apareceu na minha time line no twitter, e gostei tanto que resolvi republicá-lo. Finais de casamento são sempre dolorosos e traumatizantes. Eu, que acabo de passar por um, que o diga. E isso torna muito difícil olharmos racionalmente para todo o processo. O texto que segue faz isso de forma clara, sem tomar partido e o melhor: acreditando que casamentos ainda podem dar certo.

O casamento

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Publicidad Andes Teletransporter NUEVA!!!



Depois reclamam da gente dizer que homem é tudo palhaço...

sábado, 18 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Momento narcisista

A que interessa possa, ontem passei o dia nas ocorrências do SIndjorn tentando dar um pouco mais de vitalidade a nossa categoria. Como ninguém é de ferro vai aqui o link pra quem tiver a fim de ler e ver os serviço de ontem, no blo do Canindé Sores. Texto meu e fotos do mago das lentes... hehehe

Sindjorn

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

do jeito que a vida quer...


Essa eu pesquei no blog do Fábio Moon e do Gabriel Bá, gostei de todos os desenhos que tem por lá, mas desse em especial.

domingo, 12 de setembro de 2010

Resumo dos últimos acontecimentos

Sem tempo, sem cabeça e sem saco pra escrever. Tentarei resumir minhas últimas impressões cinematográficas neste post.

Encontro Explosivo: Ação estrelada por Cameron Diaz e Tom Cruise. Uma história sem pé nem cabeça de um agente secreto que conhece uma louca numa viagem de avião e daí em diante os encontros e desencontros dos dois faz a trama do filme. Tem ritmo e tiradas engraçadas como a troca de biquine da protagonista, mas nada que valha uma indicação. Sem nada pra fazer? Vale a pena.

Sonhos Roubados: Tava no cinecult semana passada do Cinemark. Nacional, conta a história de três adolescentes de uma favela que poderia ser de qualquer periferia das grandes cidades brasileiras. Cada uma a sua maneira, usa seu corpo para driblar as dificuldades da vida. Com a Nanda Costa, que ficou conhecida este ano na Globo pela Soraya de Viver a Vida, a garota parece que continua no mesmo papel. As histórias pouco se misturam e parece mais que assistimos pequenos esquetes intercalados. Boa trilha sonora e péssima fotografia. Também vale assistir, mas nada muito prazeroso.

A origem: O tão esperado block buster deste ano realmente prende o fôlego. Uma história cheia de emaranhados que por vezes faz o espectador se perder. Gosto da atuação de Leo de Caprio, mas mais ainda da atuação do ex-astro mirim Joseph Levit Gordon. Ellen Page também está ótima num papel mais adulto, bem diferente da teenager Juno. A trilha de Piaf, também é digna de aplausos. E a dúvida que fica ao fim do filme (que só é solucionada para os mais atentos), vale o investimento. Assistiria mais vezes.

O fim da escuridão: A indicação foi do papis que me repassou uma cópia dublada baixada da internet. Tirando os problemas iniciais a história até que é boa. Tem um roteiro bacana, mas a atuação de Mel Gibson é sofrível. O enredo de uma ameaça à segurança dos EUA, ou seja, a eterna teoria da conspiração, também não me agradou. Há ainda o problema de se levantar novamente a existência de um quarto poder, que seria a mídia para resolver os problemas do mundo. O final não ficou muito claro o rumo tomado pelo “planeta” (leia-se EUA), e tudo se resumiu a uma história de princípios e ética passados de pai pra filha. Assistam, mas de preferência legendado.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mais uma vez definida pelos outros

Essa foi do @samucae, amiguinho do tuite

Caro cérebro, desculpe sobrecarregar vc. Caro travesseiro, desculpe as lágrimas. Caro coração, sinto mt por todos os danos. Fígado.. Fígado?

êta vida de cão

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O tempo não pára

Vai completar seis meses. Parece que foi ontem. A dor é a mesma. O vazio ainda maior. Essa semana fui ao cinema. Assiti dois filmes seguidos. Ainda não consegui escrever. Concentração é uma coisa que não tenho.... deixa vez.... vai fazer seis meses.

Hoje comecei a assisitir mais um. Em casa mesmo. Dormi no meio. Não, não tava com sono. Acordei 13h. Dormi porque é o único momento em que fujo dessa sombra.

Queria voltar a assistir filmes. Ler livros. Postar aqui. Tá difícil.

Lembranças não são fáceis de se apagar. E há dias que elas surgem com uma força que é "tsunâmica" (se é que isso existe)....

Cachorro-quente de forno. Samba. Arquivo Vivo no Praia Shopping. Filminho de tarde (interrompido por um sono intenso). Ligações sindicais. Vazio... A única pergunta é sempre a mesma: por quê?

Simplesmente maravilhoso

http://macariocampos.blogspot.com/2010/09/samba-da-bencao.html

Um Dia Você Aprende

Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima
se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam…
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante,
das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você é na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam,
percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida
são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que você mesmo pode ser.
descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo,
mas se você não sabe para onde está indo,
qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute
quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência
que se teve e o que você aprendeu com elas
do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer
que ame, não significa que esse alguém não o ama,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,
você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto,plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar…
que realmente é forte, e que pode ir muito mais
longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor
e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

Este texto tem algumas partes escritas por William Shakespeare mas sofreu algumas alterações.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010