segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Orgulho define


Outro dia fui eu almoçar com meu amigo Sérgio Vilar no bar de Nazaré. O velho peixinho que acabou sendo substituído pelo do Pernambuco, no Canto do Mangue, era o cardápio do nosso encontro semanal. Na mesa em que encontro Sérgio está o artista plástico Vatenor, que divide comigo uma cerveja, já que Sérgio insiste que ainda vai trabalhar de tarde.

No meio da conversa Vatenor, que serviu com meu pai no Rio de Janeiro como fuzileiro naval em 1970, sempre me pergunta por ele. Dessa vez ele teve que localizar Sérgio na conversa. E contou que ele era o pobre da turma, dizendo que meu pai vinha de uma família de sargentos fuzileiros navais.

Ao contar a definição ao meu pai ouvi dele o mesmo que eu tinha pensado, mas não quis dizer assim na cara pra não desdenhar. Afinal, não é pouco três irmãos saírem de Currais Novos, venderem cocada em Natal para ajudar a família e terminarem a carreira como tenentes da Marinha. Além dos meus dois tios, tive também meu padrinho, marido de uma tia por parte de mãe compondo a família militar.

Pois bem, toda essa introdução somente para falar do quão fiquei orgulhosa essa semana ao saber que meu primo-irmão Paulo César será o primeiro potiguar a comandar a base da Marinha na Antártida.

Toda essa família tinha que ter uma continuidade. E ele, oficial piloto de helicóptero, capitão de corveta da marinha, vai ser mais uma vez o orgulho de todos nós.

Sei que devido aos tempos duros da ditadura muita gente ficou com uma péssima imagem dos militares, mas por ter vivido tanto tempo entre tantos deles, até porque morei em vila militar e estudei em um colégio militar, sei reconhecer seu valor.

Paulo, aquele primo que passava os finais de semana estudando no meu quarto enquanto estudou no Colégio e na Escola Naval, vai agora ser comandante de uma das unidades mais importantes da Marinha Brasileira. Orgulho define.

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