Modestos comentários sobre livros e filmes de uma jornalista que não tem pretensão alguma de virar crítica...
sábado, 10 de julho de 2010
A vida é pra valer, a vida é pra levar
Há muitos anos uma pessoa que foi muito especial pra mim me apresentou Cazuza. No início eu relutei, achava “exagerado” demais, peado demais. Mas aos poucos, a poesia do poeta louco e inconseqüente que morreu no auge da sua vida criativa, me conquistou. Cazuza passou a ser um dos meus preferidos. Por conseqüência também conheci o Barão Vermelho e fui com tudo.
Cazuza me ensinou a pedir piedade, a contar mentiras sinceras, a viver a sorte de um amor tranqüilo, só não me ensinou a esquecer que já fui a flor e o bebê de alguém muito especial.
Até hoje adoro ouvir, mas às vezes as lembranças sufocam mais que esperava e preciso fugir.
Nesta semana completou 20 anos da partida do poeta que muito tinha de um outro poeta, esse, mais conhecido por poetinha. O grande Vinícius de Moraes. Vinícius foi outro que demorou a me conquistar. Só de saber que ele tinha feito oito casamentos, o meu lado conservador me dizia que ele era um mau caráter.
Só ao assistir o documentário sobre sua vida e perceber que mesmo depois de vários anos ele ainda era a maior paixão de todos que conviveram com ele, homens e mulheres.
É muito difícil conviver com pessoas apaixonadas pela vida como Cazuza e o branco mais preto do Brasil, Vinicius de Moraes. São pessoas intensas e que não medem esforços para ser felizes. Gostaria de ser assim, não sou.
Queria apenas a mesma vida de sempre, ao lado de quem escolhi pra chamar de meu, e a concretização dos planos que os outros fizeram pra mim.
Talvez um dia eu aprenda a ser feliz como eles. Hoje só ergo um brinde aos que beberam e foram felizes.
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